Resenha: O Diário de Anne Frank
Demorou, mas chegou...
Saindo agora do forno, está bem quentinha, a resenha do livro O Diário de Anne Frank! (aplausos).
Vamos começar do começo (ah, não!), pode-se dizer que O Diário de Anne Frank estava em minha wishlist literária há muito tempo, e quando a oportunidade de lê-lo chegou, agarrei com unhas e dentes.
A história, a maioria já conhece, Anne Frank é uma garota judia em plena Segunda Guerra Mundial, e o que vem a nossa cabeça imediatamente é o nazismo. Anne e sua família fugiram da Alemanha e foram para a Holanda. Lá, vivem uma vida normal, até que a irmã de Anne, Margot, recebe uma carta da SS. Então a família Frank resolve esconder-se, com uma família de amigos, os van Daan, que também são judeus.
Eles se mudaram para um anexo do gabinete onde o pai de Anne trabalhava, não podiam fazer barulho, era necessário sussurrar para não serem ouvidos por ninguém, tinham de se movimentar o mínimo possível, e podiam abrir a janela do sótão de vez em quando, ou seja, era uma vida bastante limitada. Os habitantes do Anexo conseguiam alimentos no mercado negro e com a ajuda dos amigos da família Frank, que eram pessoas muito boas.
No diário, ela escreve tudo que vivia no anexo, as brigas, as paixões, compartilha seus pensamentos e sentimentos. Algo que achei bastante interessante na leitura, foi poder observar o desenvolvimento de Anne, através do livro é possível observar as mudanças que acontecem na cabeças dela, é possível notar a mudança no comportamento, no pensamento e no julgamento, sendo possível comparar as "Annes". Enquanto a "primeira Anne" implica com tudo e todos, vive brigando, xingando, reclamando e achando todos uns chatos que não a entendem, a "segunda", apesar de ainda não se sentir compreendida, entende que se só enxergarmos o lado ruim das coisas e das pessoas, iremos somente nos sentir piores, por outro lado, se enxergarmos o lado bom, nos sentiremos muito melhores e mais fortes. A "segunda Anne" também se sente muito mais independente em relação aos pais, mas procura não ser rude e também é muito esperançosa em relação à guerra.
As duas famílias ficaram no Anexo Secreto por dois anos, até que foram encontrados e levados à campos de concentração. O único sobrevivente foi Otto Frank, o pai de Anne, que dedicou-se a publicar o diário, que era algo que Anne desejava.
O livro, no começo, pode parecer chato, mas não se intimide, pois no desenrolar do livro, as cartas de Anne acabam nos envolvendo e acabamos por ver a guerra pelos olhos da menina. Como me envolvi com cada pessoa do anexo, quando li sobre o modo como sofreram e morreram, fiquei arrasada."Quando escrevo, consigo afastar todas as preocupações. Minha tristeza desaparece, meu ânimo renasce! Mas - e esta é uma grande questão - será que conseguirei escrever alguma coisa importante, será que me tornarei jornalista ou escritora?
Espero, ah, espero muito, porque escrever me permite registrar tudo, todos os meus pensamentos, meus ideais e minhas fantasias."
- Anne Frank.
Curiosidade: Em Amsterdã, na Holanda, o lugar onde as duas famílias ficaram escondidas durante quase dois anos, foi transformado em um museu aberto à visitação, onde é possível adentrar um pouco mais no universo do diário.
Titulo oficial: The Diary of a Young Girl
Autor: Anne Frank
Número de páginas: 373
Editora: Record
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